
A Vinícola Mena Kaho está localizada no município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
Distante 136 km de Porto Alegre, 100 km de Gramado e 40 km de Caxias do Sul.
A Mena Kaho integra as rotas "Cantinas Históricas" e "Encantos da Eulália", recebendo turistas para a visitação de sua unidade fabril bem como a degustação de vinhos. Oferece também hospedagem na encantadora Casa de Pedra centenária, tipicamente decorada, tombada pelo património histórico da colonização italiana.
NOSSA ORIGEM
A história da família Mena-Kaho tem raízes profundas que remontam ao final do Império Romano, quando antigos legionários dispersos se estabeleceram ao norte da Itália. Esses homens passaram a ser conhecidos como “Roman” — os romanos — e, já desvinculados das armas, passaram a se dedicar ao cultivo da terra e à produção artesanal.
Com o passar dos séculos, muitas famílias carregavam o sobrenome "Roman", e para diferenciá-las, apelidos relacionados às atividades de cada núcleo foram sendo incorporados. Foi no século XVII que surgiu o apelido “Mena-Kaho”, expressão de dialeto vêneto que remete ao trabalho com a viticultura: “Mena” significa condutor ou trabalhador, e “Kaho”, ramo de videira. Assim, o nome Mena-Kaho passou a identificar os Roman que cultivavam uvas e produziam vinhos de forma artesanal — tradição que se manteve viva por gerações.
Até hoje, a casa original onde a família iniciou sua produção de vinhos há mais de 600 anos segue ativa em Mason Vicentino – Maróstica, Itália. Sua arquitetura em pedra é semelhante à dos muros do Castelo de Maróstica, datado de 1372, o que indica que a casa foi erguida por volta do início do século XV.
CHEGADA NO BRASIL
Em 1883, diante das dificuldades econômicas que assolavam a Europa, parte da família Mena-Kaho imigrou para o Brasil. O patriarca Felice Fortunato Roman, sua esposa Catterina e os filhos Santo Francesco, Margherita, Ângela e Santaestabeleceram-se na Linha Eulália, em Bento Gonçalves (RS). Já no Brasil, nasceu o quinto filho, também chamado Felice.
Inspirados em sua terra natal, os Roman construíram sua primeira casa com pedras irregulares, dedicando-se à agricultura e, especialmente, ao cultivo de videiras e à elaboração de vinhos.
Por volta de 1920, Santo Francesco (Mena-Kaho) Roman ergueu a residência definitiva da família, instalando no subsolo sua cantina particular — que permanece preservada até hoje.
Além da produção agrícola e vinícola, Santo Francesco também atuava no transporte de produtos coloniais. Com uma carreta puxada por oito mulas, levava vinhos em barris, salames, queijos, farinhas e outros produtos locais até São Sebastião do Caí e Montenegro, de onde eram enviados por via fluvial ao centro do país. No retorno, trazia itens como café, sal, tecidos, móveis e utensílios — consolidando-se como a primeira transportadora de Bento Gonçalves.
A Casa de Pedra (construída em 1885) e o Casarão 1920, ambos restaurados pelos descendentes da filha primogênita Lucia Catarina Roman Cogorni, são hoje patrimônio vivo da colonização italiana e estão abertos à visitação na vinícola.



O RESGATE DO LEGADO: NASCIMENTO DA VINÍCOLA MENA KAHO
No final da década de 1990, o advogado Alzir Cogorni, atual proprietário, junto ao seu filho João Heleno Cogorni, iniciou um resgate histórico emocionante. Descobriram que a antiga propriedade da família estava à venda e decidiram adquiri-la, com o objetivo de preservar a memória e os valores deixados pelos antepassados.
O primeiro passo foi restaurar a histórica Casa de Pedra, seguido pela reabilitação do Casarão 1920. Mas faltava algo essencial: o vinho. Movidos pela paixão e pelo legado familiar, iniciaram a construção da nova Cantina de Vinhos, onde puderam retomar, em pequena escala, a produção vinícola artesanal da família.
Em 2002, nasceu oficialmente a Vinícola Mena Kaho, fruto do resgate da história e da essência de um povo.
Desde sua fundação, a vinícola se destacou pela produção de vinhos finos de alta qualidade e sucos naturais. Em 2008, conquistou reconhecimento internacional com o Cabernet Sauvignon 2005, eleito vinho destaque na Wine and Spirits Singapore, em meio a rótulos do mundo todo — um marco que impulsionou a marca no cenário nacional.
Sob a gestão de João Heleno Cogorni, a Mena Kaho tornou-se ainda pioneira na produção de suco de uva orgânico no Brasil. Sua morte precoce em 2013 representou uma grande perda para a empresa — mas também o ponto de virada para a chegada de uma nova geração.



A NOVA GERAÇÃO: INOVAÇÃO COM RAIZ
Foi nesse cenário que Gabriel Victor Cogorni, neto de Alzir e sobrinho de João Heleno, decidiu assumir o legado da família.
Em 2014, iniciou o curso de Viticultura e Enologia no Instituto Federal de Bento Gonçalves, e posteriormente formou-se em Engenharia de Alimentos pela Unisinos, preparando-se técnica e estrategicamente para liderar a nova fase da vinícola.
Em 2020, Gabriel assumiu oficialmente o comando da Vinícola Mena Kaho, imprimindo uma visão contemporânea e inovadora. Com foco em microvinificações e produção de vinhos em pequena escala, introduziu novas variedades de uvas, como a Rebo, que rapidamente se tornou ícone da vinícola.



MENA KAHO HOJE: BOUTIQUE, TERROIR E EXPERIÊNCIA
Hoje, a Mena Kaho opera como uma vinícola boutique, produzindo rótulos autorais e vinhos de terroir com identidade própria. É também referência em enoturismo na Serra Gaúcha, integrando rotas como Cantinas Históricas e Encantos da Eulália.
A vinícola oferece experiências únicas:
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Visitas guiadas à cantina histórica,
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Degustações diretamente da barrica de carvalho,
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Eventos sazonais,
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Vivências completas de gastronomia e vinho em um ambiente que harmoniza tradição, história e inovação.
NOSSA MISSÃO
Vinícola Mena-Kaho Ltda, compromissada com o resgate da história da família Mena-Kaho e seus descendentes, busca produzir vinhos , como sempre fizeram os seus ancestrais que por primeiro aportaram nesta terra generosa.
Com este propósito, adota as melhores práticas enológicas com a utilização automatizada dos sistemas de frio e calor que permitem o controle da temperatura, indispensável na produção de vinhos de qualidade.